terça-feira, 30 de abril de 2013

DICA - Como ter uma horta dentro de casa




Veja aqui as etapas básicas para conseguir montar, com sucesso, uma horta na sua casa ou apartamento.

1. Verifique se o vaso escolhido possui furos no fundo para uma boa drenagem. Coloque um caco de telha para fazer uma casinha em cima do furo para que argila (passo 2) não entre e trave o dreno da água.

2. Coloque uma camada de argila expandida ou de pedras (britas) para cobrir o fundo do vaso e ajudar na drenagem. Isso ainda evita que a terra escape pelos furos.

3. Adicione areia grossa de construção, que também ajuda no escoamento da água e previne doenças das raízes.

 4. Coloque uma camada de composto orgânico misturado com um pouco de húmus de minhoca ou esterco de vaca para melhorar a fertilidade do solo. No caso de ervas e temperos, coloque um pouco de areia, porque o solo tem de ser mais arenoso.

5. Coloque a muda, mantendo aquela terra que vem ao redor das raízes. Disponha no vaso e distribua mais composto orgânico - húmus ou esterco. Preencha todos os espaços. Deixe bem firme e encha quase até a borda.

6. Regue até a água sair pelos furos na base do vaso e, se a terra assentar, adicione mais composto orgânico. Faça uma cobertura morta com folhas secas ou casca de pinus ou pedriscos. Isso ajuda a manter a umidade e evita a compactação do solo.

 DICAS:
Água - O ideal é regar uma vez por dia, logo no início da manhã ou no fim da tarde. A terra não pode ficar totalmente seca. Se você mora em andares mais altos, irrigue mais, pois o vento resseca mais o solo.

Plantio - Não plante muitas mudas diferentes no mesmo canteiro. Junte as que têm necessidades parecidas, como os temperos (salsinha e cebolinha; alecrim e manjericão) ou legumes (cenoura e beterraba) da mesma família.

Adubo - O indicado é colocar a cada 40 dias. Pode ser adubo orgânico ou húmus de minhoca. Também vale lembrar: não retire as folhas secas que caem na terra - elas também servem como adubo.



segunda-feira, 29 de abril de 2013

De todos os animais...

De todos os animais, o homem é aquele a quem 
mais custa viver em rebanho.

Jean Jacques Rousseau
 


domingo, 28 de abril de 2013

BIOLOGIA - Como surge o bicho dentro da goiaba?

Aquele “bicho de goiaba” na verdade são larvas de uma mosca. Elas chegam ao interior da fruta ainda no formato de minúsculos ovos que se tornarão filhotes de um inseto chamado mosca-da-fruta. Depois de fecundadas, essas moscas perfuram as cascas não só da goiaba, como também de várias outras frutas, para colocar seus ovos lá dentro.

Com uma espécie de ferrão localizado no abdômen, a mosca-da-fruta rompe a casca e deixa seus ovos dentro do fruto. Esses ovos se transformam em larvas que se alimentam da polpa da fruta e vão abrindo nela túneis onde passam a viver. Isso favorece a proliferação de bactérias que aceleram o apodrecimento da fruta. Para as larvas, esse processo é importante, pois a casca fica permeável, permitindo a entrada de mais ar e facilitando sua respiração.

Quando a fruta cai do pé, a larva se enterra alguns centímetros no solo para continuar seu desenvolvimento no estágio de pupa, um período intermediário antes da metamorfose total. Após dez dias, ela finalmente vira uma mosca.


Karlla Patrícia. Disponível em: http://diariodebiologia.com/2009/05/como-surge-o-bicho-dentro-da-goiaba/. Acesso em: 20 abr. 2013.
 


sábado, 27 de abril de 2013

A natureza...

A natureza fez o homem feliz e bom, 
mas a sociedade deprava-o e torna-o miserável.


Jean Jacques Rousseau



sexta-feira, 26 de abril de 2013

SAÚDE - Para que servem as amígdalas?



Elas nos ajudam a criar anticorpos para combater bactérias agindo, assim, como grandes aliadas do sistema imunológico.

Devido à sua localização estratégica - na encruzilhada entre a boca, o nariz e a garganta - as amígdalas acabam percebendo e processando todas as bactérias que invadem o organismo, pelo ar ou pelos alimentos.

"Sua principal função é desenvolver anticorpos para combater bactérias específicas, para que o corpo consiga se defender rapidamente e crie imunidade caso seja atacado pela mesma bactéria numa próxima vez", afirma o otorrinolaringologista Luc Weckx, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Até o final da década de 70, quando ainda se desconhecia a utilidade das amígdalas, era comum a cirurgia para retirá-las. O objetivo era livrar-se das amigdalites: inflamações corriqueiras, causadas pelas próprias bactérias com que as amígdalas entravam em contato para defender o organismo. Em certas pessoas, isso pode se tornar constante, o que os médicos chamam de amigdalite recorrente.

Outra enfermidade comum é a hiperplasia, quando as amígdalas crescem demais, dificultando a respiração e a ingestão dos alimentos. "Hoje em dia, os antibióticos dão conta de grande parte das amigdalites. Por isso, a remoção só ocorre quando há realmente necessidade", diz Luc.

Existem três tipos de amígdalas para nos proteger das bactérias Infográfico: Como está implícito em seu nome, a amígdala rino-faríngea fica entre a faringe (início da garganta) e o canal que leva ao nariz. As amígdalas palatinas ficam no fundo do céu da boca, também chamado de palato. As amígdalas linguais ficam, obviamente, na língua - mais precisamente em sua base.


quinta-feira, 25 de abril de 2013

quarta-feira, 24 de abril de 2013

CURIOSODADES - Sobre Autores, Livros e Literatura.


·        A Bíblia Sagrada é o livro mais vendido do mundo. Calcula-se que os números de exemplares já ultrapassaram seis bilhões.

·        Até hoje, foram produzidos mais de 400 filmes baseados na obra de William Shakespeare.

·        O poeta português Fernando Pessoa foi criado na África do Sul e teve o inglês como a sua segunda língua. Das quatro obras que publicou em vida, três são na língua inglesa.

·        Guimarães Rosa, famoso escritor brasileiro, morreu três dias depois da sua posse na Academia Brasileira de Letras.

·        Virginia Woolf, Goethe e Hemingway tinham o hábito de escrever em pé.
        
·        Conforme inventário da UNESCO de traduções de livros, Agatha Christie é a autora mais traduzida em todo o mundo, com 6.598 traduções de seus contos, romances e peças teatrais.

·        A caligrafia do escritor Machado de Assis era tão ruim que, às vezes, até ele tinha dificuldade de entender o que escrevia.
        
·        A escritora inglesa J.K. Rowling escreveu todos os livros do Harry Potter à mão.


Disponível em: http://www.soliteratura.com.br/curiosidades/fatos_curiosos/. Acesso em: 18 abr. 2013.


terça-feira, 23 de abril de 2013

segunda-feira, 22 de abril de 2013

DICA - Consultora dá dicas para você ficar atento no ambiente de trabalho (identifique os tipos de puxa-sacos)

Não adianta relutar: em todo local de trabalho você vai encontrar pelo menos um puxa-saco, ou seja, aquele funcionário que está sempre próximo ao chefe, pronto para bajulá-lo. Para ajudar a identificar os três tipos mais comuns, a consultora de imagem pessoal e corporativa Luciana Ulrich deu algumas dicas.

Primeiro, disse ela, é preciso diferenciar o marketing pessoal do puxa-saquismo. “No primeiro, você está querendo se promover em cima do seu trabalho, da sua competência, mas você tem muito mais segurança. O puxa-saco tenta se promover por relações que não são profissionais. Ele talvez não tenha habilidades e tenta se aproveitar de um relacionamento mais próximo da chefia para se promover”, explicou a especialista.

Outra dica é: “Para existir um puxa-saco tem que existir um chefe aberto a receber esse tipo de benefício. Se a chefia não dá essa abertura, a pessoa vai se dar mal”, avisou Luciana.

Veja os tipos mais comuns de puxa-saco e saiba indentificá-los

Ombro amigo: É aquele que está bastante ligado na vida pessoal do seu chefe, está disponível em qualquer situação corriqueira. Por exemplo: se o chefe está se separando, ele larga tudo que está fazendo para dar atenção. Ele até vai assistir ao jogo do time que não é o dele, se for o time do chefe, para agradar. Ele vai ter uma chance de êxito se esse chefe for uma pessoa difícil e de poucos amigos.

Oportunista: É aquele que não abre espaço para ninguém se aproximar do chefe. Tem um pouco mais de malandragem no que faz porque está mais ligado no que está acontecendo. O oportunista não é tão bonzinho assim. Ele se aproveita das situações que tem, mas com um pouco mais de esperteza.

Bonzinho: É aquele sempre com sorriso nos lábios e nunca diz não. É excessivamente disponível e acata qualquer tipo de ordem esperando uma promoção e um reconhecimento profissional que nem sempre vai vir por esse motivo. Ele sempre vai engolir a sua vontade e o que ele pensa em prol de bajular o chefe.


Mais Você – Programa exibido em 17/04/2013.
 


domingo, 21 de abril de 2013

Metáforas da Cozinha

Você já reparou que existem inúmeras metáforas envolvendo alimentos no português do Brasil? Conheça a seguir algumas expressões já incorporadas em nosso dia a dia.

Quando temos um problema para resolver, algo bem trabalhoso, dizemos que trata-se de um "abacaxi" ou de um "pepino".
        
Já uma tarefa muito fácil, chamamos de "mamão com açúcar".
Pessoa sem atitude ou desatenta, diz-se "banana".
        
Já "docinho de coco" costuma estar associado a uma pessoa meiga e querida.

Um indivíduo que se acha o maioral chamamos de "rei da cocada preta”.
        
Quando temos certeza que algo vai acontecer, dizemos que "é batata". Se um problema sobra para a gente resolver, ficamos "com a batata quente na mão".

Se, por falta de assunto alguém fica enrolando a conversa ou um trabalho escolar, diz-se que a pessoa está "enchendo linguiça".

Quando alguém está confuso ou misturando os fatos, dizemos que está "fazendo a maior salada de frutas".

Se uma pessoa toma uma atitude exagerada, sem medir consequências, dizemos que ela está "enfiando o pé na jaca".

Quando duas ou mais pessoas têm o mesmo caráter, diz-se que são "farinha do mesmo saco". (Expressão geralmente usada no sentido pejorativo).

Se algo ou alguém representa um alvo fácil, diz-se que "está dando sopa".
        
"Quando uma pessoa diz bobagens ou coisas sem sentido, ela está "falando abobrinha".

Uma pessoa muito emotiva costuma ser chamada de "manteiga derretida".
        
Se uma pessoa comprovadamente culpada não é punida, dizemos que a situação "acabou em pizza".         




sábado, 20 de abril de 2013

Saber a hora


Saber a hora de desistir e tão importante quanto 
lutar por aquilo que se ama, é deixar de iludir a si mesmo.

Benilson Sousa

sexta-feira, 19 de abril de 2013

CURIOSIDADE - Por que as teclas do teclado não estão em ordem alfabética?



A distribuição das teclas nos teclados já despertou a dúvida de muita gente: por que as letras não estão em ordem alfabética? Qual o critério utilizado?

Na verdade, a ordem das letras no teclado é apenas uma cópia do padrão da máquina de escrever, criada e patenteada pelo inventor americano Christopher Scholes. Com o intuito de organizar as teclas aproximando os pares de letras mais usados na língua inglesa, Scholes aperfeiçoou a ideia de James Densmore, seu parceiro comercial, e criou o teclado QWERTY, nome dado devido à disposição das primeiras seis teclas.

A partir daí, o padrão desenvolvido pelo americano se tornou bastante popular em todo o mundo, tendo sido incorporado na grande maioria dos teclados de computadores.

No Brasil, cerca de 99% dos teclados estão no padrão QWERTY. Ao longo do tempo, outras configurações também foram criadas, como o padrão Dvorak, criado por August Dvorak e William Dealey em 1936, porém nenhum outro se tornou tão popular como o padrão desenvolvido por Scholes.


Disponível em: http://www.soportugues.com.br/secoes/curiosidades/Curiosidades_teclado.php

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Um prisioneiro de guerra...

Um prisioneiro de guerra é um homem que tentou matá-lo, 
não conseguiu e agora implora para que você não o mate.


Winston Churchill
 


quarta-feira, 17 de abril de 2013

Cinco dicas simples para escrever melhor



Quer ser um bom escritor? Confira dicas simples que podem ajudá-lo a alcançar esse objetivo sem grandes preocupações.

Embora muitas pessoas acreditem que escrever seja um dom, a prática também pode ser muito útil em alguns casos. Para escrever bem não é preciso muito. Basta ter uma boa ideia e seguir práticas simples. Não acredita? Confira as dicas:

1. Ninguém quer ler porcarias:
É claro que o conceito de "porcarias" é bastante subjetivo, mas se você mesmo considera um assunto desnecessário, por que falar dele? Procure assuntos que desperte interesse - não só para você, mas também para o seu público. Quanto mais você se interessa sobre o que vai dizer, melhor poderá falar. Portanto, antes de iniciar um texto pense: será que alguém está interessado em saber disso?

2. Antes de ser esperto, seja claro:
Um texto cheio de estilo não serve para nada se as pessoas não conseguem entender o que você está dizendo. Preocupe-se, primeiro, em fazer com que os seus leitores entendam perfeitamente o conteúdo do texto, para, só então, pensar em adicionar palavras difíceis e afins.

3. Conte histórias, não estatísticas:
Embora os dados sejam fundamentais para validar a veracidade do seu texto, as pessoas se interessam muito mais por histórias. Experiências que você - ou alguém que você conhece - viveu contam muito mais do que um aglomerado de números no meio da página. O que você precisa fazer, então, é dar um jeito de inserir as estatísticas dentro da história. Isso não é difícil, basta encontrar o gancho certo para trazer determinada informação à tona.

4. Leve em conta sua audiência:
Você não deve ser hipócrita a ponto de omitir as próprias opiniões para agradar a sua audiência, lembre-se de que alguém há de concordar com você. Contudo, você também não precisa bancar o "do contra" e se opor a qualquer afirmação que vem sendo feita. Antes de começar o seu texto, pense em como os seus leitores vão receber aquela informação. Você não precisa dizer exatamente o que eles querem ouvir, mas pode abordar os assuntos que mais geram interesse neles. Essa é uma boa saída para ser honesto e, ainda assim, agradar.

5. A escolha de palavras importa:
Assim como o estilo, a escolha de palavras não ajuda em nada se o texto não tiver conteúdo. Lembre-se de que talvez as pessoas não tenham o mesmo conhecimento de vocabulário que você possui. Por que encher um texto de termos grandes e complicados se você pode simplificar a vida de quem está lendo? Prefira sempre a saída mais simples, isso não é sinônimo de texto pobre, não se preocupe.


Disponível em: http://www.soportugues.com.br/secoes/dicas/escrever/. Acesso em 14 abr. 2013.
 

terça-feira, 16 de abril de 2013

 
 Escuta e serás sábio. 
O começo da sabedoria é o silêncio.

Pitágoras

 

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Quinoa - O grão mais completo do mundo



Do alto das montanhas. Das profundezas da Floresta Amazônica. Do coração da Mata Atlântica. Nunca as riquezas que vêm da terra foram tão valorizadas. São os superalimentos que dão força, vitalidade e combatem o envelhecimento.

Cientistas do mundo todo se voltam para a América Latina. É do Brasil e de alguns dos seus vizinhos que saem os alimentos mais completos para o ser humano. Alimentos que brotam no chão há milênios e que precisavam apenas ser redescobertos, como a quinoa.

Dona Rosa Oliveira descobriu a quinoa no ano passado. Desde então esse alimento nunca mais saiu da dieta. “Com 63 anos, você não ter nenhum pouco de colesterol, é ótimo não é? Então, eu acho que a quinoa lava as artérias”, diz a dona de casa.

Na casa de Dona Rosa, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, todos os dias é o mesmo ritual. Ela inclui flocos de quinoa nas vitaminas que faz para o café da manhã.

“Ah, eu nem sinto o sabor. Não sinto nenhuma diferença. Parece uma aveia normal”, comenta.

Mas para que a quinoa chegasse até a mesa de Dona Rosa não foi fácil. Há 30 anos, os grãos andinos eram praticamente desprezados.  Muitos quase desapareceram.

A redescoberta destes alimentos começou com Luis Sumar Kalinowski, um morador do Vale Sagrado dos Incas. O professor Luis hoje tem 75 anos e continua entusiasmado. Ele pergunta: “O que queremos para as nossas crianças? Que representem um futuro para as nações. Então, temos que lhes dar bom alimento”.

Disposto a estudar os cultivos andinos, o professor conseguiu convencer a Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos a financiar um grande projeto.

Durante seis anos, ele saiu pelas montanhas em busca das plantas esquecidas.  “Um abandono total”, diz. O amaranto, um primo da quinoa, foi salvo por pouco. Foi salvo por ser bonito. Depois de procurar muito, encontrou.

“Em um jardim. Então, eu procurei jardins e mais jardins. Fui ao litoral, procurei em Cusco. Procurei muito e assim consegui resgatar”, conta o professor.

O amaranto, um superalimento ainda pouco conhecido, tinha virado uma planta ornamental.

Lado a lado, o amaranto e a quinoa. Esta era uma paisagem muito comum 500 anos atrás. Quando os conquistadores espanhóis chegaram, eles não só desprezaram estas plantas. Segundo os estudiosos, eles intencionalmente destruíram estes superalimentos, que davam a força aos guerreiros incas.

“Eles queriam dominar as populações conquistadas e uma maneira de dominá-las é proibindo que comam alimentos de qualidade. Pois quem come alimento de qualidade tem cabeça boa e se põe a pensar”, explica o professor.

O resultado do trabalho do professor foi um livro que jogou luz sobre as riquezas esquecidas. Dezenas de grãos, raízes, legumes e frutas estão listados nele.

Graças à semente que ele lançou lá atrás, este ano de 2013 foi escolhido o ano internacional da quinoa.

O interesse está em toda parte. Como na pesquisa que Dona Rosa, lá de Ribeirão, participou. Durante quatro semanas, mulheres que já passaram pela menopausa comeram 25 gramas de quinoa por dia. E não mudaram mais nada na alimentação.

A ideia era ver se a quinoa iria proteger o coração delas, justamente na idade em que as mulheres têm mais risco de doenças circulatórias. Para Flávia Giolo de Carvalho, a pesquisadora, não foi tão difícil convencê-las.

“O sabor não interfere tanto nos alimentos. Então, vai só agregar valor nutricional, vai melhorar a saúde da senhora, vai melhorar o perfil lipídico. Eu vendi o meu peixe ssim, falando destes potenciais benéficos”, lembra a nutricionista.

No fim da pesquisa, feita pela USP e pela Unesp, as mulheres baixaram o colesterol entre 5% e 10% e aumentaram no organismo as substâncias que combatem o envelhecimento.

“Quando você vê quatro semanas, que 25 gramas deram resultados interessantes, acho que se extrapolar isso para mais tempo, acho que tem resultados melhores ainda. Pensando sempre em melhorar a qualidade de vida, através da inclusão de um alimento”, explica Flávia.

Dona Rosa entrou na pesquisa com o colesterol acima do normal. E agora está com os índices em dia e o coração inteiro para correr atrás da maior paixão: o netinho Jean Otávio, de um ano e meio.

“Trabalho muito, faço todo o serviço da casa e cuido do bebê. Estou aqui inteira. Chega a noite eu quero que o marido vá passear comigo ainda”, conta Dona Rosa.

Em Lima, capital do Peru, fomos encontrar a nutricionista Ritva Repo de Carrasco, uma finlandesa que há 25 anos estuda a quinoa.

Ela chama este alimento de "o grão mais completo do mundo". Descobriu semelhanças da quinoa até com o leite materno.

“A quinoa tem uma proteína que pode ser comparada à do leite. Tem alto conteúdo de fibra, que combate o câncer. E tem ainda compostos que chamamos de bioativos, que protegem contra muitas doenças. Por isso eu diria que a quinoa é um superalimento”, garante a nutricionista.

A quinoa tem os dez aminoácidos essenciais para a vida humana, que o nosso corpo não é capaz de produzir. E em especial a lisina, fundamental na fase do crescimento.

No campo, o desafio é tornar a quinoa um alimento cada vez mais comum e mais barato. Para isso, dez grandes pesquisas estão sendo financiadas no Peru como parte do Ano Internacional da Quinoa.

O engenheiro agrônomo Mario Tapia percorre as montanhas do país recolhendo e testando novas variedades da planta. Se no passado os conquistadores renegaram o conhecimento tradicional, hoje os pesquisadores visitam os descendentes dos antigos donos destas terras para aprender com eles.

“Os agricultores não têm grandes extensões de terra, mas uma pequena área para o uso pessoal. Então, eles dão muito valor, porque complementa a batata, o milho, com as proteínas da quinoa. É um conhecimento tradicional de balancear a dieta”, explica o engenheiro.

No Brasil, em vez de subir a montanha, nós vamos entrar na floresta para procurar saúde. Na Amazônia, a natureza prepara e entrega o presente.

O superalimento que nós procuramos nasce no alto, na copa de árvores de até 50 metros. Mas não é preciso ir buscá-lo lá em cima. Com olhar treinado e facão ligeiro, os homens vão enchendo o cesto.

Mas antes de comer, é preciso vencer várias camadas de casca. Finalmente, está ela: a castanha do Brasil.

Quem colhe passa o dia na mata e não precisa levar comida de casa. “Só sei dizer que não dá fome durante a gente estar trabalhando. A gente come uma castanha de vez em quando, não dá fome”, conta Edison Coelho Teles, catador de castanha.

Sabedoria transmitida geração após geração. Onde a única avenida foi construída pela natureza e o sustento vem da castanha, uma sementinha que carrega a força de uma árvore gigante.

Em São Paulo, onde os gigantes são de pedra, a vida é bem diferente. Correria, agitação e um ritmo alucinante. Para vencer o estresse e os perigos que a cidade traz para a nossa saúde, é preciso contar com a ajuda de um pedacinho da floresta.

Luíza vive apressada. Em um dia daqueles, ela mal tem tempo de dar ‘bom dia’. Luíza comanda uma empresa de informática com 270 funcionários. Todos sabem que ela gosta de perfeição.

“Nós somos ligados, estamos em uma panela de pressão sempre”, comenta. Nos momentos em que a pressão chega ao máximo, Luíza reage com um gesto quase automático. Ela estica o braço e pede ajuda para a castanha.

“Eu já sinto que eu começo a despertar, eu já começo pensar melhor, eu já começo a tomar decisões melhores. Claro que eu não coloco isso em função de uma castanha, mas ela contribui com o todo”, diz.

Há 20 anos ela tem esse costume. Contra o estresse, uma castanha por dia. “Também, como mulher. A pele fica melhor, o cabelo fica melhor. Enfim, isso ajuda como um todo”, afirma.

A ciência estuda esses e muitos outros benefícios da castanha. Ela protege o nosso organismo principalmente porque é rica em selênio.

“Você pode também garantir um melhor funcionamento do seu organismo durante a vida inteira. Isso contribuirá, com certeza, para uma melhor velhice, para o envelhecimento com mais saúde”, explica Silvia Franciscato Cozzolino, nutricionista - USP. 

Em São Paulo, na USP, a professora Silvia Cozzolino orienta uma série de pesquisas que comprovam os benefícios do selênio no combate a muitas doenças. “Ele pode ter uma ação, por exemplo, no câncer. Pode ter uma ação em relação a doenças da glândula tireóide, pode ter ação na obesidade”, aponta a professora.

E a lista não para por aí. Outros estudos recomendam a castanha para combater a artrite, prevenir a diabetes, refrear a doença de Alzheimer. 

Com o selênio, nosso cérebro funciona melhor por mais tempo. Seu Fernandes, de 81 anos, e Dona Santa, 84 anos, aceitaram ser voluntários de uma pesquisa da USP.

Durante seis meses, consumiram uma castanha por dia. Já que a dose diária é pequena, aproveita.

São Paulo é pequena para Dona Santa. Diariamente, ela anda pela maior cidade do país, como se estivesse no quintal de casa. “Melhor coisa da vida é você ser independente. Eu acho que isso é uma riqueza, dinheiro para mim não ia valer nada”, afirma Santa de Souza, modelista aposentada.

Dona Santa já faz planos para a festa de aniversário. De 85 anos? Não, de 100. “Vai ser em um clube, lá no Corinthians. Mudei de time. Será que foi a castanha? Não foi antes”, brinca.

Globo Repórter - Edição do dia 12/04/2013