Tenho resto de cores
do rosicler do alvorecer,
o milharal no vale verdejante
bordam minhas lembranças,
da Tapera do meu adolescer.
Tenho resto de cores
do rosicler da minha infância,
As franjas coloridas das redes
esvoaçam minhas lembranças.
Dias azuis inefáveis dos campos verdes
despertam-me sonhos de outrora,
suspiro na varanda do desejo
consagro o poema a meu Deus,
com fragrâncias florais da aurora.
Imagem e texto extraído do livro Veredas do Outono
Autoria: Rosa Firmo