terça-feira, 23 de setembro de 2025

URUCUM

Imagem: Arquivo pessoal


URUCUM, uma memória de infância.

 

O Urucum me remete à infância. Havia um pé em um canto do nosso quintal, e mamãe fazia colorau para o consumo da família. Lembro-me de que ela pilava, peneirava e, ao final, obtínhamos aquela farinha de tom vermelho-alaranjado.

Minha irmã e eu brincávamos à sombra do urucum. Arrancávamos algumas folhas e, com um palito de dente, furávamos toda a sua superfície, fingindo que eram bordados nossos.

Nem imaginávamos que sua utilidade ia muito além do colorau para temperar carnes e outros pratos. Os povos indígenas já o utilizavam para tingir o corpo e seus adornos.

Alguns sites de saúde mencionam que o urucum (Bixa orellana) tem propriedades relevantes: é rico em vitamina A; seu óleo é usado em cosméticos e, na medicina popular, é considerado um anti-inflamatório natural.

Hoje, sempre que vejo um pé de urucum, lembro não só das brincadeiras e do sabor da comida preparada por mamãe, mas também da riqueza cultural e medicinal dessa planta tão presente na nossa história. 


Simone Beserra


 

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